SHEIN ENCERRARÁ SUAS ATIVIDADES NO BRASIL?
No início do ano de 2023, surgiram rumores de que a Shein encerrará suas atividades no Brasil.
A SHEIN surgiu como um e-commerce popular que oferece produtos atraentes a preços acessíveis em comparação com as varejistas brasileiras e se popularizou durante a pandemia de COVID-19.
Inicialmente, em meados de 2008, a SHEIN era uma loja de vestidos de noiva chamada ZZKO na China. Em seguida, o proprietário Chris Xu expandiu seus negócios para a venda de roupas femininas e acessórios. Até 2010, a empresa já estava vendendo em outros países, como Espanha e França.
A SHEIN é famosa por suas peças bonitas e de qualidade, além de preços baixos. Há descontos disponíveis, como cupons do próprio site, cupons de blogueiras e pontos que podem ser convertidos em dólares.
Além disso, a empresa faz previsões de tendências e produz itens rapidamente após identificar uma nova tendência de moda.

Apesar de ser uma loja on-line, a Shein atualmente possui algumas lojas físicas em diferentes partes do mundo, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, no Brasil. A empresa conta com números absurdos de seguidores e downloads, superando grandes e-commerces com atividades no Brasil, como a Amazon. No Instagram, a Shein tem mais de 28 milhões de seguidores, e no TikTok, pouco mais de 6 milhões.
O fundador da Shein, Chris Xu, se juntou ao ranking das 100 pessoas mais ricas da China, ocupando a posição de número 25, com um patrimônio líquido de US$10,5 bilhões. Segundo a última avaliação feita em 2022, a grande varejista chinesa estava avaliada em aproximadamente US$100 bilhões.
COM TANTOS BENEFÍCIOS PARA OS SEUS USUÁRIOS, O QUE TEM CAUSADO TANTA CONFUSÃO E MEDO DA SHEIN ENCERRAR SUAS ATIVIDADES NO BRASIL?
Em 13 de março, políticos do governo atual e membros da Frente Parlamentar do Empreendedorismo se reuniram para pedir medidas contra o “contrabando digital”, o que gerou todos os rumores de que Shein encerrará suas atividades no Brasil.
Ao importar produtos por meio de lojas como Shein, Shopee e Ali Express, o cliente não paga impostos, caracterizando essa prática de importação. Isso prejudica a indústria e comércio brasileiros, além de agir de forma desleal com os varejistas do país que pagam seus impostos devidamente.
De acordo com a lei brasileira, a taxação de todos os itens adquiridos em compras internacionais, considerando impostos e tributos, é obrigatória. A Receita Federal cobra o imposto de importação assim que a encomenda entra no Brasil e passa pela fiscalização no centro de distribuição.No entanto, existem alguns itens e situações que podem ser isentos dessa tributação.
Segundo o Decreto/Lei nº1804/80, remessas postais internacionais abaixo de US$100 e enviadas para pessoas físicas são isentas de imposto de importação.
COMO FAZER IMPORTAÇÃO SEM TAXA?
Para evitar a taxação de importação, é necessário que a remessa postal internacional tenha um valor abaixo de US$100 e seja enviada pelos Correios. Além disso, tanto o remetente quanto o destinatário devem ser pessoas físicas. As compras na Shein não se enquadram nessa lei de até US$100, como muitos afirmam na internet.
Nas redes sociais, os usuários estão pressionando o atual Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para que ele não taxe as compras on-line de valores baixos.
Sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, essa questão também foi discutida, porém sem muito sucesso.
Se implementada, a medida provisória para dificultar a venda de mercadorias estrangeiras pela internet resultaria em um aumento de preços de até 60%.
Algumas pessoas afirmam que as autoridades já estão taxando importações, inclusive de baixo valor.
Parlamentares e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estão discutindo o assunto dos e-commerces, mas ainda não há uma resposta definitiva sobre o que ocorrerá no Brasil.
